domingo, 21 de setembro de 2008

A Música e os 4 Elementos


Podemos fazer uma correlação entre o
Universo fenomênico e uma orquestra
sinfônica. O mundo é formado, sob o
ponto de vista esotérico-filosófico,
por 4 elementos (ou Reinos
elementais), a saber: Terra, Fogo,
Água e Ar, coroados por uma
quintessência, o 5º Elemento,
chamada de Éter. Há, além
desses 5, mais dois, chamados
de Adhi e Samadhi (o 6º e o 7º
elementos). Esses 4 elementos,
dentro do universo da música,
estão representados pelas 4
classes de instrumentos que
se harmonizam.

Exorcismos dos 4 Elementos


Deus do Fogo
AGNI

Gênios
INRI (da natureza) e
RUDRA (salamandras atômicas
de nosso corpo)
Arcanjo
SAMAEL

Elohim
GIBOR (lê-se Guibor)

Elementais
Salamandras e Vulcanos

Mantras
S, INRI, IAO e RÁ

Objetos
Espada, Vela
Perfume
Mirra


Dia
5ª-feira (à meia-noite de
quarta para quinta)

Direção
Sul

Michael, Rei do Sol e do Raio...
Samael, Rei dos Vulcões...
Anael, Príncipe da Luz Astral...
Assisti-nos em nome do Cristo,
pela Luz do Cristo, pela majestade
do Cristo. Amén... Amén...
Amén...

INRI... (pronunciar este mantra por três vezes)
SSS... (pronunciar este mantra por sete vezes,
enquanto se trabalha com a espada ou a vela)

INRI, INRI, INRI, poderoso Gênio, te pedimos
permissão para que as Salamandras e os
Vulcanos executem este trabalho de...
(mencionar o tipo de trabalho, se de cura,
de limpeza, de proteção, de orientação
ou consagração).

Salamandras e Vulcanos do Misterioso
elemento, vos ordenamos em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo para
que protejais este recinto pelo Norte,
pelo Sul, pelo Leste e pelo Oeste, para
que nenhuma força nos atrapalhe
nem cause danos.

Também vos ordenamos que abençoem
nossas pessoas e nossos lares para que
sejamos fiéis aos desígnios espirituais.
IAO...(cantar este mantra por doze vezes,
enquanto se visualiza uma parede de
fogo azul envolvendo o local onde se
realiza esta Conjuração e as pessoas
participantes).

Magia Elemental do Nardo


Enquanto o rei estava em seu reclinatório,
meu nardo deu o seu aroma.
(Versículo 12 do capítulo 1.
Cântico dos Cânticos de Salomão)
O nardo é o mais sublime perfume do amor.
O perfume daqueles que já passaram para
a outra margem é o do nardo.
O nardo pertence á alma humana
(corpo causal ou corpo da vontade -
Manas superior).
O perfume da quinta Iniciação de Mistérios
Maiores é o do nardo.
O nardo pertence ao corpo causal cristificado.
O perfume dos altos Iniciados é o do nardo.
O nardo é uma planta que pertence
ao plano causal.
O perfume do Libertador é o do nardo.
O perfume dos hierofantes de Mistérios
Maiores é o do nardo.
Falando esotericamente, devemos travar
grandes batalhas para conseguir o nardo.
O perfume do nardo atua eficazmente sobre
a consciência dos artistas.
Onde quer que haja arte e beleza a fragrância
do nardo deve estar presente.
Saturno é o planeta do nardo.
O mantra das populações elementais
dos nardos é ATOYA.
As criaturas elementais dos nardos podem
ser usadas para fins amistosos.
O perfume da nova Era de Aquário é o do nardo.

A Roda da Vida que une Humanos e Elementais


Nossa Evolução está ligada aos Reinos Elementais?
Ou são Evoluções distintas, paralelas, como afirmam
algumas linhas esotéricas? Abaixo, segue um texto interessantíssimo do Venerável Mestre Samael Aun
Weor sobre a Evolução e Involução da vida humana,
e sua ligação com a Vida Elemental. Hoje vou falar
sobre os mistérios da vida e da morte. É este o objetivo
claro desta prédica. Vamos fazer uma plena diferenciação
entre a Lei do Eterno Retorno de todas as coisas, a Lei da Transmigração das Almas, a Lei da Reencarnação, etc.
Chegou o momento de explicar amplamente todas estas
coisas, a fim de que os estudantes possam se manter bem informados. É óbvio que a primeira coisa que alguém
precisa saber na vida é de onde vem, para onde vai, qual
é o objetivo da existência, para que existimos, por que
existimos, etc, etc, etc.

Inquestionavelmente, se queremos saber algo sobre
o destino que nos aguarda, sobre o que é a vida, é
indispensável saber o que é que somos; isto é urgente,
inadiável, impostergável. O corpo físico não é tudo.
Um corpo é formado por órgãos, cada órgão é composto
de células, cada célula de moléculas e cada molécula
de átomos. Se fracionamos qualquer átomo, liberamos
energia. Os átomos compõem- se de íons, que giram
ao redor dos elétrons, de prótons, de nêutrons, etc, etc .

Tudo isto sabe a física nuclear. Em última instância,
o corpo físico se resume em distintos tipos e subtipos
de energia. E isto é interessantíssimo. O próprio
pensamento humano é energia. Do córtex cerebral
saem determinadas ondas que podem ser sabiamente
registradas. Já sabemos que os cientistas medem as
ondas cerebrais com aparelhos muito precisos,
registrando-as em microvolts. Assim, em última
instância, nosso organismo se resume em diversos
tipos e subtipos de energia. A chamada "matéria"
nada mais é que energia condensada.
Assim disse Einstein: E = mc2 (energia é igual a
assa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado).
Einstein também afirmou enfaticamente que a massa
se transforma em energia e a energia se transforma
massa. Assim, em última síntese, a chamada matéria
ão é mais que energia condensada. O corpo físico tem
um fundo ou substrato vital orgânico. Quero referir-
me enfaticamente ao Lingam-Sharira dos Teósofos,
a condensação bio-termo-eletromagnética.

Cada átomo do corpo vital penetra dentro de cada
átomo do corpo físico e o faz cintilar. O duplo vital
ou corpo vital é realmente uma espécie de duplo
orgânico. Se, por exemplo, um braço desse duplo
vital sai do braço físico, sentimos que a mão "dorme",
que o braço "dorme". Quando o braço vital volta a
entrar no braço físico, a pessoa sente uma vibração
como a que se sente quando um braço "dorme" e
queremos espertá-lo" - uma espécie de formigamento.
Se tirássemos definitivamente o corpo vital de uma
pessoa física, e se não voltássemos a trazê-lo, a pessoa
física morreria. Assim, é bem interessante essa questão
do corpo vital. Contudo, tal corpo nada mais é que a
seção superior do corpo físico, é sua parte
tetradimensional.
Os vedantinos consideram o corpo vital e o corpo físico
como um todo, uma unidade. Um pouco além desse
corpo físico, com sua base vital orgânica, encontramos
o "Ego". O Ego é uma soma de diversos elementos
inumanos que carregamos em nosso interior. Tais
elementos são denominados ira, cobiça, luxúria,
inveja, orgulho, preguiça, gula, etc, etc, etc. Nossos

defeitos são tantos que, ainda que tivéssemos mil
línguas para falar e um palato de aço, não
acabaríamos de enumerá-los. Assim, o Ego não
é mais que isso. Muitas pessoas entronizam o Ego
no coração, constroem-lhe um altar, adoram-no...
São equivocados sinceros, supõem que o Ego é
divino, e nisto estão completamente enganados.

Há os que dividem o Eu em dois: "Eu superior" e
"Eu inferior", e querem que o "Eu superior" controle
o "Eu inferior". Não querem essas pessoas dar-se
conta de que seção superior e seção inferior de uma
mesma coisa são a própria coisa. O Eu é tempo, é
um livro de muitos volumes. No Eu estão todas as
nossas aberrações, todos os nossos defeitos, aquilo
que faz de nós verdadeiros animais intelectuais,
no sentido mais completo da palavra. Alguns dizem
que o alter ego é divino, e o adoram. É outro tipo de
escapatória para salvar o Eu, para minimizá-lo. O Eu
é o Eu, e isso é tudo. A morte é uma subtração de
frações. Terminada a operação matemática, o que
continua são os valores. Estes valores são positivos
e negativos, bons e maus.

A eternidade os traga, os devora. Na luz astral, estes
valores se atraem e repelem de acordo com as leis da
imantação universal. Esses valores são os mesmos
elementos inumanos que constituem o Ego. Estes
elementos às vezes chocam-se ao ponto de partida
original. Um homem é o que é sua vida. Se não
trabalha sua vida, se não trata de modificá-la, é
óbvio que está perdendo seu tempo miseravelmente.
Um homem não é mais que isso, o que é sua vida.
Nós devemos trabalhar nossa própria vida, para
fazer dela uma obra-prima.

A vida é como um filme; quando termina, o levamos

para a eternidade. Na eternidade revivemos nossa
própria vida que acaba de passar. Durante os primeiros
dias, o desencarnado, o defunto, costuma ir para a casa
onde morreu, e até mora nela. Se morreu, por exemplo,
aos 80 anos, continuará vendo seus netos, sentando-se
à mesa; isto é, o Ego está perfeitamente convencido de
que ainda está vivo e não há nada que possa convencê-lo
do contrário. para o Ego nada mudou, desgraçadamente.
Ele vê a vida como sempre. Se sentará à mesa, pedirá a
comida de sempre. Obviamente, seus familiares não o
verão mas, no subconsciente, responderão. Em seu
subconsciente, porão na mesa a comida, não a comida
física, mas formas mentais, semelhantes aos alimentos
que o defunto costumava consumir.

O desencarnado pode ver um velório, mas jamais
suportaria que esse velório tivesse alguma coisa a
ver com ele. Pensa que o velório corresponde a alguém
que morreu, a outra pessoa. Nunca pensaria que é o seu,
pois sente-se tão vivo que nem suspeita de sua defunção.
Sai às ruas e vê tudo tão exatamente igual que nada

poderia fazê-lo pensar que algo aconteceu. Se vai a uma
igreja, verá o padre rezando a missa, assistrá ao rito
e sairá da igreja perfeitamente convencido de que está
vivo. Nada poderia fazê-lo pensar que morreu. Se
alguém fizesse tal afirmação, ele sorriria cético, incrédulo,
não aceitaria.

O defunto tem que reviver no mundo astral toda a
existência que acaba de passar, mas a revive de uma
forma muito natural e através do tempo. Identificado
com sua existência, na verdade saboreia cada uma
das idades da vida que terminou. Se morreu aos 80,
por exemplo, por algum tempo estará acariciando
seus netos, sentando-se à mesa e deitando-se na
cama. Mas, à medida que vai passando o tempo, ele
irá adaptando-se a outras circunstâncias de sua
própria existência; vai vivendo a idade dos 79 anos,
dos 77, dos 60, etc, etc. Se viveu em outra casa na idade
de 60 anos, irá àquela outra casa, e até assumirá o
mesmo aspecto psicológico que tinha aos 60 anos.

E se aos 50 anos viveu em outra cidade, nesta idade
se verá na outra cidade, e assim sucessivamente,
ao mesmo tempo que seu aspecto psicológico e sua
fisionomia vão se transformando de acordo com a
realidade que tenha que reviver. Aos 20 anos, terá
exatamente a fisionomia que tinha àquela idade,
aos 10 anos será um menino, até que termine de
revisar sua vida passada. Toda a sua vida ficará
reduzida a somas e subtrações matemáticas. Isto
é muito útil para a consciência. Nestas condições,
o defunto terá que apresentar-se ante os tribunais
da Justiça Objetiva, ou justiça celestial. Estes
tribunais são completamente diferentes dos da
justiça subjetiva ou terrena.

Nos tribunais da justiça objetiva reinam apenas
a lei e a misericórdia, porque é óbvio que ao lado da
justiça, sempre está a misericórdia. três caminhos
se abrem ante o defunto:
- umas férias nos mundos superiores, para quem o merece;
- retornar, de forma mediata ou imediata, a uma nova matriz;
- descer aos mundos-infernos, até a segunda morte de que

falam o Apocalipse de São João e o Evangelho do Cristo.

É óbvio que os que conseguem subir aos mundos
superiores passam por uma temporada de grande
felicidade. Normalmente a alma, ou consciência , se
encontra "engarrafada" dentro do Eu da psicologia
experimental, dentro do Ego que, como já disse a vocês,
é uma soma de diversos elementos. Mas aqueles que
sobem aos mundos superiores abandonam o Ego
emporariamente. Nestes casos a Alma, ou Consciência,
ou Essência , sai desse calabouço horrível que é o Ego,
o Eu, para ascender ao famoso Devachan, do qual
nos falaram os hindus; uma região de felicidade
inefável, no mundo da mente superior do Universo.

Ali se goza da autêntica felicidade. Ali o desencarnado
se encontra com seus familiares que abandonou no
tempo. Encontra-se com o que é, diríamos, a "alma"
deles. Posteriormente, a consciência ou Essência
abandona também o mundo da mente, para entrar
no mundo das causas naturais. O Mundo Causal é
grandioso. Nele ressoam todas as harmonias do
Universo. Ali se sente de verdade as melodias do
infinito. É que cada planeta tem múltiplos sons, os
quais, somados entre si, dão uma nota-síntese, que
é a nota chave do planeta. O conjunto de notas-chave
de cada mundo ressoa maravilhosamente no coral
imenso do espaço estrelado, e isto produz um gozo
inefável na consciência de todos aqueles que
desfrutam a felicidade do Mundo Causal.

No mundo das causas naturais também encontramos

os Senhores da Lei, que castigam ou premiam os povos
e os homens. Ali encontramos também os Homens
verdadeiros, os homens causais. Ali os encontramos,
trabalhando pela humanidade. No mundo das causas
naturais encontramos ainda os Principados, os príncipes
dos elementos, do fogo, do ar, das águas e da terra. A
vida palpita intensamente nesse mundo. O mundo causal
é precioso..... Um azul profundo, como o de uma noite
cheia de estrelas, iluminada pela Lua, resplandece
sempre no mundo das causas naturais. Não quero
dizer que não existam outras cores, mas a cor básica
é um azul intenso, de uma noite luminosa, estrelada.
Os que vivem nesta região são felizes, no sentido
mais transcendental da palavra.

Mas todo prêmio, toda recompensa, a longo prazo se

esgota, tem um limite. Chega o instante em que a
alma que entrou no mundo causal tem que regressar,
retornar e descerá inevitavelmente para meter-se
novamente dentro do Ego, dentro do Eu da psicologia
experimental. Posteriormente essas almas vêm a
impregnar o ovo fecundado, para formar um novo
corpo físico - se incorporam em um novo corpo
físico, voltam ao mundo. Outro é o caminho que
aguarda os que descem aos mundos-infernos.
Trata-se de gente que já cumpriu seu tempo, seu
ciclo de manifestações, ou que foi demasiado
perverso.

Tais pessoas involuem dentro das entranhas da
terra. Dante Allighieri nos fala, em sua Divina
Comédia, dos nove círculos infernais; ele vê
esses nove círculos no interior da terra. Nossos
antepassados de Anahuac, na grande Tenochtitlán,
falam claramente do Mixtlán, a região infernal,
que eles também situam no interior de nosso globo
terrestre. De forma diferente de algumas outras
seitas e religiões, para nossos antepassados de
Anahuac, como vimos em seus códices, a passagem
pelo Mixtlán é obrigatória e o consideram
simplesmente como um lugar de provação, onde
as almas são provadas; se conseguem passar pelos
nove círculos, inquestionavelmente ingressarão no
Éden, no paraíso terrestre.

Para os Sufis maometanos, o inferno não é tampouco

um lugar de castigo, mas de instrução para a consciência
e de purificação. Para o Cristianismo, em todos os lugares
do mundo, o inferno é um lugar de castigo e de penas
eternas. Contudo, o círculo secreto do Cristianismo,
a parte oculta da religião cristã, é diferente. Na parte
oculta de qualquer movimento cristão se encontra a Gnose.
O Gnosticismo Universal vê o inferno não como um lugar
de penas eternas e sem fim, mas como um lugar de
expiação, de provação e de instrução para a consciência.
É óbvio que tem que haver dor nos mundos-infernos,

pois a vida é terrivelmente densa no interior da terra,
sobretudo neste nono círculo, onde está esse núcleo
concreto de matéria terrivelmente dura; aí se sofre o
indizível.

Em todo o caso, os que ingressam na involução submersa
do reino mineral devem passar, cedo ou tarde, por isso
que se chama, no Evangelho Crístico, a Segunda Morte.
Ao estudar essa questão do inferno Dantesco, o Gnosticismo Universal nunca considera que o castigo não tenha um
limite. Consideramos que Deus, sendo eternamente justo,
não poderia cobrar de ninguém mais do que aquilo que
deve, pois toda culpa, por mais grave que seja, tem um
preço e uma vez pago o preço, nos pareceria absurdo
continuar pagando. Aqui mesmo, em nossa justiça
terrena, justiça totalmente subjetiva, vemos que se
alguém vai para a prisão por qualquer delito, uma vez
pago o delito é posto em liberdade. Nem as autoridades
terrenas aceitariam que um preso continuasse na
prisão depois de haver pago sua pena.

Há casos de presos que se acomodam tanto na prisão
que, chegado o dia de sair, têm que ser tirados à força.
Assim, toda falta, por mais grave que seja, tem seu
preço. Se os juízes sabem disso, quanto mais a Justiça
Divina. e não fosse assim, Deus seria um tirano e bem
sabemos que, ao lado da Justiça Divina, nunca falta
a misericórdia. Não poderíamos de maneira alguma,
qualificar a Deus como tirano; isto equivaleria a
blasfemar, e não gostamos da blasfêmia. A Segunda
Morte é, pois, o limite do castigo, no inferno
Dantesco. Se o inferno foi chamado de Tartarus na
Grécia, ou Averno em Roma, ou Avitch na Índia,
ou Mixtlán, na antiga Tenochtitlán, pouco importa.

Cada país, cada religião, cada cultura, soube da
existência do inferno e o qualificou com algum nome.
Para os habitantes da grande Hespéria (ou país das
Hespérides), como lemos na divina Eneida, de Virgílio,
o poeta de Mântua, o inferno é a morada de Plutão,
aquela região cavernosa onde Enéas, o troiano,
encontrou Dido, aquela rainha que se matou por amor,
namorada dele mesmo, após haver jurado lealdade
às cinzas de Siqueu. A Segunda Morte costuma ser
muito dolorosa. O Eu sente que se faz em pedaços,
caem seus braços e pernas, e sofre um desmaio
tremendo. Momentos depois, a Essência, ou o que
há de alma metida no Ego, fica livre, pois o Ego
foi destruído.

A Essência emancipada, liberada, assume então
a figura de uma criança belíssima. Os Devas da
Natureza examinam a Essência liberada para
certificar-se que não existe nela mais nenhum
elemento subjetivo do Ego, e, em seguida, outorgam
à alma a carta de liberação. Nestes instantes felizes,
a alma do falecido penetra por certas portas atômicas,
que lhe permitem sair novamente à luz do sol. E
então, sobre a epiderme de nosso mundo, a Essência
livre, omo elemental da natureza, reinicia uma nova
evolução. Os elementais da natureza são de vários
tipos. Como autoridade nesta matéria, temos Franz
Hartmann, com seu livro "Os Elementais".

Temos ainda Paracelso, o grande médico, Felipe
Teofrastus Bombastus de Hohenheim, Aureola
Paracelso. Em todo o caso, os elementais são a
consciência dos elementos, pois sabemos que o
fogo, o ar, a água, e a terra não são meramente
físicos, como supõem os "ignorantes ilustrados".
São, mais exatamente, veículos de consciências
simples, diríamos primigênias, no sentido mais
transcendental da palavra. Assim, os elementais
são os princípios de consciência dos elementos,
no sentido transcendental ou essencial da palavra.
É óbvio que os que passaram pela Segunda Morte

saem à superfície do mundo, reiniciam novos
processos evolutivos. Deverão começar pelo
mineral, a pedra; prosseguirão pelo vegetal, o
animal e por último, terão acesso à vida humana,
ou seja, será reconquistado o estado humanóide
outrora perdido.

É interessantíssimo ver esses gnomos ou pigmeus,
entre as rochas, anõezinhos pequenos com sua longa
barba branca. É óbvio que isto que dizemos, em pleno
século XX, parece muito estranho... É porque as pessoas
se tornaram agora tão complicadas, a mente se desviou
tanto das simples verdades da natureza, que dificilmente
poderiam aceitar de bom grado estas coisas. Este tipo
de conhecimento é mais bem aceito pelas pessoas
simples, que não têm tantas complicações no intelecto.
Em todo o caso, quero dizer-lhes que é interessantíssimo
o ingresso dos elementais minerais na evolução vegetal.
Cada planta é o corpo físico de um elemental vegetal.

Estes elementais das plantas têm consciência, são
inteligentes, e há grandes esoteristas que sabem
manipulá-los ou manejá-los à vontade. Quem os
conhece pode, por meio deles, atuar sobre os elementos
da natureza. Um pouco além dos elementais vegetais,
temos os elementais do reino animal. Indubitavelmente,
só os elementais vegetais avançados têm direito a
ingressar em organismos animais. No reino animal,
a evolução sempre começa por organismos simples.
Vai-se evoluindo e vai-se também complicando a vida.
E chega o momento em que o elemental animal pode
assumir organismos muito complexos. Posteriormente,
reconquista o estado humano que outrora havia perdido.

Ao chegar a este estágio, a Essência, a Consciência ou
Alma, recebe novamente 108 vidas, para sua auto-
realização íntima. Se durante essas 108 vidas não se
consegue a Auto-realização Íntima do Ser, a roda da
vida prossegue girando. Então se desce novamente às
entranhas da reino mineral, com o propósito de eliminar
da Essência todos os elementos indesejáveis que de uma
ou outra forma aderiram à psique. E repete-se o mesmo
processo. Conclusão: a roda gira 3.000 vezes. Se em
3.000 ciclos de 108 vidas a Essência não se auto-realiza,
todas as portas se fecham e a Essência, convertida em
um elemental inocente, submerge no seio da Grande
Realidade, no grande Alaya do Universo, no Espírito
Universal da Vida, ou Parabrahaman, como o
denominam os hindus, a Grande Realidade. Esta
é então a vida dos que descem ao interior da terra.

Vemos então que, depois da desencarnação, uns sobem
aos mundos superiores para umas férias, outros descem
às entranhas da terra e outros retornam, de maneira
mediata ou imediata, voltam, se reincorporaram para
repetir sua existência aqui neste mundo. Enquanto
alguém tenha que retornar, ou regressar, tem que
repetir sua própria vida. Já dissemos que a morte é o
regresso ao ponto de partida original. Já lhes expliquei
também que depois da morte, na eternidade, na luz
astral, temos que reviver a vida que acaba de passar.
Agora direi que ao voltar, ao regressar, temos que
repetir toda a nossa vida sobre o tapete da existência.

No primeiro caso, mencionei unicamente a Lei da
Transmigração das Almas; que aqueles que completam
o ciclo de 108 existências, devem descer às entranhas
do mundo. Posteriormente, depois que o Ego esteja
morto (pela Segunda Morte), voltam a evoluir desde
o mineral até o homem; esta é a Doutrina da
Transmigração. Agora, estou falando da Doutrina
do Eterno Retorno de todas as coisas, junto com essa
outra lei, a Doutrina de Recorrência. Se alguém,
em vez de descer às entranhas da terra, retorna de
forma mediata ou imediata aqui ao mundo, é óbvio
que terá que repetir sua vida, a vida que terminou.
Vocês dirão que isto é muito chato, todos estamos
aqui repetindo o que fizemos na existência passada,
no passado retorno.

Mas é mesmo tremendamente chato, mas os culpados
somos nós mesmos porque, como já lhes disse, um
homem é o que é sua vida. Se nós não modificarmos
nossa vida, temos então que repetí-la incessantemente.
Desencarnamos e voltamos a tomar corpo. Para quê?

Para repetir o mesmo. Voltamos a desencarnar e a
tomar corpo, para repetir o mesmo , até que chega
o dia em que temos que ir com nossa "música" para
outra parte; teremos que descer às entranhas do
mundo, até a Segunda Morte. Mas pode-se evitar
essa repetição. Tal repetição é o que se conhece como
Lei de Recorrência. Tudo volta a ocorrer tal como
sucedeu. Mas por quê - dirão vocês - porque tem-se
que repetir o mesmo? Bem, isto merece uma
explicação.

Antes de mais nada, quero que saibam que o Eu
não
é algo autônomo, auto-consciente ou individual.
Certamente, o Eu soma de "eus", no plural. A
psicologia comum e corrente, a psicologia oficial,
pensa no Eu como uma totalidade. Nós pensamos
no Eu como uma soma de "eus". Porque um é o Eu
da ira, outro é o Eu da cobiça, outro o Eu da luxúria,
outro o a inveja, outro o da preguiça, outro o da gula,
são diversos Eus; não há um só Eu, mas vários,
dentro de nosso organismo. É óbvio que a pluralidade
do Eu serve de fundamento à Doutrina dos Muitos,
tal como é ensinada no Tibet Oriental. Em apoio à
Doutrina dos Muitos está o Grande Kabir Jesus.

Dizem que Ele tirou do corpo de Maria Madalena
sete demônios. Não há dúvida de que se trata dos
sete pecados capitais: Ira, Cobiça, Luxúria, Inveja,
Orgulho, Preguiça, Gula. Cada um desses sete é
"cabeça de legião" e como já lhes disse, ainda que
tivéssemos mil línguas para falar e um palato de aço,
não conseguiríamos enumerar todos os nossos
defeitos cabalmente. Cada defeito é um Eu. Assim,
temos muitos Eus-defeitos. Se qualificarmos tais
Eus-defeitos de demônios, não estaremos equivocados.
No Evangelho Crístico, pergunta-se ao possesso qual
é seu nome verdadeiro, e ele responde: "Sou legião.
Meu verdadeiro nome é Legião".

Assim, cada um de nós no fundo é uma legião, e cada
Eu-demônio legião quer controlar o cérebro, quer
controlar os sete centros principais da máquina
orgânica, quer destacar-se, "subir", "chegar ao topo
da escada ", fazer-se sentir, etc. Cada Eu-demônio
é como uma pessoa dentro de nosso corpo. Se
dissermos que dentro de nossa Personalidade vivem
muitas pessoas, não estaremos equivocados; em
verdade, assim é. Assim, a repetição mecânica dos
diversos eventos de nossa existência passada se
deve, certamente, à multiplicidade do Eu.

Vamos citar casos concretos. Suponhamos que na
existência passada, na idade de 30 anos, tivemos
uma briga com outro sujeito em um bar. Caso
comum da vida.... É óbvio que o Eu da ira foi
personagem principal da cena. Depois da morte,
esse Eu-defeito continua na eternidade e, na
nova existência, continua no fundo de nosso
subconsciente, aguardando que chegue à idade
dos 30 anos para voltar a um bar; em seu interior
há ressentimento, e deseja encontrar outra vez
o sujeito daquele acontecimento.

Por sua vez, o utro sujeito que tomou parte
aquele evento trágico no bar também tem seu
Eu, o Eu que quer vingar-se e que permanece
no fundo do subconsciente aguardando o instante
de entrar em atividade. Assim, ao chegar à idade
de 30 anos, o sujeito, ou melhor, o Eu do sujeito,
o Eu da ira, o Eu que tomou parte naquele evento
trágico, no subconsciente diz: "Tenho que encontrar-
me com fulano...."; por sua vez, o outro diz: "Tenho
que encontrar-me com o tal..." E, telepaticamente
se falam, se põem de acordo e marcam um encontro
em algum bar.... Encontram-se fisicamente,
pessoalmente, na nova existência, e repetem a
cena tal como aconteceu na passada existência.

Isso tudo é feito fora das vistas do nosso intelecto,

por baixo do nosso raciocínio, simplesmente somos
arrastados a uma tragédia, somos levados
inconscientemente a repetir a mesma coisa.
Agora, vejamos o caso de alguém que, à idade
de 30 anos, em sua existência passada, teve uma
aventura amorosa, um homem com uma mulher.
Aquele Eu da aventura, depois da morte,
continua vivo na eternidade. Ao regressar, ao
se reincorporar em outro organismo, aquele
Eu da aventura continua vivo, aguarda no fundo
do subconsciente, nos transfundos inconsciente
da vida, da psique, o momento de entrar
novamente em atividade.

Chegando à idade da aventura passada, aos 30

anos, diz: "Bem, este é o momento. Agora vou
procurar a mulher dos meus sonhos..." Por sua
vez, o Eu da mulher dos seus sonhos, o da aventura,
diz o mesmo: "Chegou a minha hora, vou procurar
aquele homem..." E por baixo (da consciência), os
dois Eus se comunicam telepaticamente, marcam
um encontro, e cada um arrasta a Personalidade,
às costas da nossa inteligência, às costas do
"ministério da intelectualidade". Vem o encontro,
e se repete a aventura. Assim, e ainda que pareça
incrível, nós não fazemos nada, tudo nos acontece
como quando chove ou como quando troveja.

Se alguém teve em uma passada existência uma

disputa por bens materiais, uma casa por exemplo,
o Eu daquela disputa continua vivo, e assim também
na nova existência, escondido entre as dobras da
mente, aguardando o momento de entrar em atividade.
Se o pleito foi aos 50 anos, ele aguarda que chegue
aos 50 anos, e então diz: "chegou minha hora".
Certamente que aquele com quem teve o litígio
também diz o mesmo, nesse mesmo instante, e se
reencontram para outro litígio, repetem a cena.
Então, na verdade, nem sequer temos livre-arbítrio,
tudo nos acontece, tudo nos acontece como quando
chove ou quando troveja...

Há uma pequena margem de livre-arbítrio, muito

pouco. Imaginem um violino dentro de seu estojo.
Há uma margem mínima de movimentos para esse
violino. Assim também é nosso livre-arbítrio; é
quase nulo. Há essa pequena margem, imperceptível,
se soubermos aproveitá-la, pode acontecer que então
nos transformemos radicalmente e nos liberemos
da Lei de Recorrência. Temos que saber aproveitar
isso, mas como? É que na vida prática temos que
nos tornar um pouquinho mais auto-observadores.

Quando a pessoa aceita que tem uma psicologia
própria, começa a observar-se a si mesma, e quando
alguém começa a observar-se a si mesmo começa
também a tornar-se diferente de todo o mundo. É
na rua, em casa, no trabalho, que nossos defeitos,
esses defeitos que levamos escondidos, afloram
espontaneamente. E se estamos alertas e vigilantes
como a sentinela em tempo de guerra, então os
vemos. Defeito descoberto deve ser julgado, através
da análise, da reflexão e da meditação íntima do Ser,
com o objetivo de compreendê-lo. Quando alguém
compreende tal ou qual Eu-defeito, então está
devidamente preparado para desintegrá-lo
atomicamente. E é possível desintegrá-lo? Sim,
é possível. Mas necessitamos de um poder que
seja superior à mente.

Porque a mente por si mesma não pode alterar
fundamentalmente qualquer defeito psicológico.
Pode passá-lo de um nível mental a outro, pode
ocultá-lo ou condená-lo, etc., mas jamais alterá-lo
radicalmente. Necessitamos de um poder que seja
superior à mente, um poder que possa desintegrar
qualquer Eu-defeito. Esse poder está latente no
fundo de nossa Psique; é só questão de conhecê-lo
para aprender a usá-lo. Tal poder é denominado
no Oriente, na Índia, Devi Kundalini, a serpente
ígnea de nossos mágicos poderes. Na grande
Tenochtitlán, era denominado Tonantzin. Entre
os alquimistas da Idade Média, recebe o nome
de Stella Maris, a Virgem do Mar.

Entre os hebreus, tal poder recebia o nome de
Adonia; entre os cretences era conhecido com o
nome de Cibeles. Entre os cristãos é Maria, Maya,
isto é Deus-Mãe. Nós muitas vezes pensamos em
Deus como Pai; bem vale a pena pensar em Deus
como Mãe, como Amor, como misericórdia. Deus-
Mãe habita no fundo de nossa Psique, isto é, está
no Ser, mas derivada. Façamos a distinção entre
o Ser e o Eu. O Ser e o Eu são incompatíveis, são
como a água e o azeite, que não podem misturar-se.
"O Ser é o Ser, e a razão de ser do Ser é o próprio Ser".

O Ser é o que é, o que sempre foi e o que sempre será.

É a vida que palpita em cada átomo, como palpita em
cada sol. Assim, Deus-Mãe é uma variante de nosso
próprio Ser. É nosso próprio Ser. Mas, derivado. Isto
significa que cada qual tem sua Mãe Divina particular,
íntima, Kundalini, como dizem os hindus. Estou de
acordo com esse termo e considero que cada um de
nós pode invocar a Divina Mãe Kundalini, em meditação
profunda, e então suplicar-lhe que desintegre aquele
Eu-defeito que tenha compreendido perfeitamente
através da meditação. A Divina Mãe o desintegrará,
reduzirá a poeira cósmica.

Ao desintegrar-se o defeito, libera-se a essência anímica.
Dentro de cada Eu-defeito, há certa porcentagem de
essência anímica engarrafada. Se desintegramos um
defeito, liberamos essência anímica, se desintegramos
dois defeitos, liberamos mais essência anímica; e se
desintegramos todos os defeitos psicológicos que temos
em nosso interior, então liberamos totalmente a
Consciência. Uma Consciência liberada é uma consciência
que desperta, uma consciência desperta. É uma consciência
que poderá ver, ouvir, tocar os grandes mistérios da vida
e da morte. É uma consciência que poderá experimentar,
por si mesma e de forma direta, Isso que é o Real. Isso
que é a Verdade. Isso que está além do corpo, das emoções
e da mente.

Quando se perguntou ao Grande Kabir Jesus "o que

é a Verdade", Ele guardou silêncio. E quando fizeram
a mesma pergunta ao Buda Gautama Sakyamuni,
o príncipe Siddharta, deu as costas e se retirou. A
verdade é o desconhecido de momento a momento,
de instante em instante. Só com a morte do Ego
vem a nós Isso que é a verdade. A verdade tem que
ser experimentada, como quando alguém põe o dedo
no fogo e se queima. Uma teoria em relação à verdade,
por bela que seja, não é a verdade. Uma opinião sobre
a verdade, por muito venerável e respeitável que seja,
tampouco é a verdade. Qualquer idéia que tenhamos
sobre a verdade não é a verdade, ainda que seja
bem luminosa. Qualquer tese que possamos formular
com relação à verdade tampouco é a verdade.

A verdade tem que ser experimentada, repito, como

alguém põe o dedo no fogo e se queima. Está além
do corpo, das emoções e da mente. A verdade só pode
ser experimentada em ausência do Eu psicológico.
Sem haver dissolvido o Eu, não é possível a experiência
do Real. O intelecto, por brilhante que seja, por mais
teorias que possua, não é a verdade. Como disse Goethe,
em seu Fausto, "Toda teoria é cinza; só é verde a árvore
de dourados frutos que é a vida". Assim, nós necessitamos desintegrar o Ego da psicologia. Só assim poderemos
experimentar a Verdade. Jesus, o Cristo, disse: "conhecei
a Verdade, e ela vos fará livres". Nós necessitamos
experimentá-la diretamente. Quando alguém realmente
consegue destruir o Ego, libera-se da Lei de Recorrência,
faz de sua vida uma obra-prima, converte-se em um gênio,
em um iluminado, no sentido mais completo da palavra.

Quando alguém libera sua Essência, é óbvio que
consegue a verdade. A Essência deve ser liberada.
E não é possível liberá-la se não dissolvemos o Eu
da psicologia. Os que louvam o Eu são ególatras
por natureza. O Eu é adorado pelos mitômamos,
porque são mitônamos. O Eu é adorado pelos
paranóicos, porque são paranóicos. Pelos ególatras,
porque são ególatras. A vida sobre a face da Terra
seria diferente se nós dissolvêssemos, o Eu. Então
a Consciência de cada um de nós, desperta e
iluminada, irradiaria Amor e haveria paz sobre a
Terra. A paz não é questão de propaganda, nem de
apaziguamentos, nem de exércitos nem da OEA
nem da ONU, ou nada semelhante.

A paz é uma substância que emana do Ser, que vem
das próprias entranhas do Absoluto. Não pode haver
paz no mundo, não pode haver verdadeira
tranquilidade em todos os rincões da Terra,
enquanto os fatores que produzem guerras existam
em nosso interior. É claro que, enquanto dentro de
cada um de nós haja discórdia, no mundo haverá
discórdia. A massa não é mais que uma extensão
do indivíduo; o que é o indivíduo, é a massa, e o que
é a massa é o governo, é o mundo. Se o indivíduo se
transforma, se o indivíduo elimina de si mesmo os
elementos do ódio, da violência, da discórdia, etc,
se consegue destruir o Ego, para que sua Consciência
fique livre, só haverá nele Isso que se chama Amor.
Se cada indivíduo dissolvesse o Ego, as massas seriam

massas de Amor.

Não haveria guerras, não haveria ódio. as, em verdade,
não poderá haver paz no mundo enquanto exista o Ego.
Alguns afirmam que do ano 2001 ou 2007 em diante

virá uma era de fraternidade, de Amor. Mas eu,
pensando aqui em voz alta, pergunto a mim mesmo
e pergunto a vocês: de onde vamos tirar essa era de
fraternidade, de paz entre os homens de boa vontade?
Vocês crêem que o Ego da psicologia, com seus ódios,
com seus rancores, com suas invejas, com suas ambições,
com sua luxúria, pode criar uma Idade de Amor, de
felicidade, etc, etc? É óbvio que não. Para que reine
de verdade a paz neste mundo, temos que morrer em
nós mesmos, destruir o que temos de inumano em nós;
o ódio que carregamos, as invejas, os ciúmes espantosos,
essa ira que nos faz tão abomináveis, essa fornicação
que nos faz bestiais, etc., etc.

Enquanto tais fatores continuarem existindo dentro
de
nossa Psique, o mundo não poderá ser diferente. Ao
contrário, se tornará pior, porque através do tempo
o Ego irá se tornando cada vez mais poderoso, mais
forte e conforme o Ego se manifeste com mais violência,
o mundo irá se tornando mais tenebroso. Do jeito que
vamos, se não trabalharmos sobre nós mesmos, chegará
o dia em que nem sequer poderemos existir, porque nos destruiremos violentamente uns aos outros. Se se
continuasse robustecendo indefinidamente o Ego, assim
ter segurança de sua vida, ou seu lar. Um mundo onde
a violência terá chegado ao máximo, e onde ninguém
poderá ter segurança de sua existência. Assim, creio
firmemente que a solução de todos os problemas do
mundo está precisamente na dissolução do Eu.
Por: Samael Aun Weor (Texto: Os Mistérios da Vida e da Morte)

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